FENAUTO no Fórum AutoData

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14 Maio 2025


A FENAUTO apresentou, no Fórum AutoData Perspectivas Automóveis 2025, realizado em 13 de maio, duas estimativas para o mercado de usados.

A primeira, considerada pelo presidente Enilson Sales como agressiva, projeta 17,6 milhões de unidades, uma alta de 11% sobre os 15,7 milhões de veículos vendidos no ano passado, volume recorde.

A segunda, considerada conservadora, projeta um aumento de 2% sobre o resultado de 2024, chegando a pouco mais de 16 milhões de unidades comercializadas.

Para o presidente, a segunda estimativa (mais conservadora), é a bola da vez: "É preciso considerar que nos quatro primeiros meses do ano registramos incremento de 11% nas vendas, mas em abril o crescimento foi de 8%. Claramente há uma desaceleração e o mercado terá de enfrentar os desafios propostos pela economia".

Ele apontou que, diante da projeção de alta do PIB de 1,9%, é preciso lançar mão de uma projeção mais conservadora: "Temos a exibição do cenário econômico, em que o IPCA aponta para 5,7% e a Selic, a fim de conter a alta da inflação, deverá encerrar o ano em 15,5%. Diante disto a inadimplência aumenta e o escore mais seguro restringe ainda mais a oferta de crédito".

Pelas projeções da entidade, a taxa de aprovação, hoje girando em torno de 52% a 58%, foi reduzida em 4 pontos percentuais na conjuntura atual. Na sua avaliação, os juros tendem a impactar mais os veículos 0 KM e os seminovos, com até três anos de uso. Já no caso dos usados, acima de quatro anos de uso, o consumidor costuma pensar mais se o valor da prestação vai ou não caber em seu bolso.

O presidente da FENAUTO citou como principal desafio a falta de expansão da renda do brasileiro, hoje em torno de R$ 3 mil e 77, e que deverá chegar a R$ 3 mil e 113.

"Quem tem este rendimento não consegue comprar um carro 0 KM nem trocar seu veículo. É preciso ampliar os investimentos para oferecer ofertas com melhores oportunidades de salário", afirmou. "E a melhoria do mercado de novos é positiva para os usados. Mas, se o novo não está vendendo, não é bom para os usados", finalizou o presidente da FENAUTO.